sábado, 30 de junho de 2007

Umas coisas até engraçadas estão acontecendo.

Quem me conhece há tempos sabe que ano passado, em abril aproximadamente, me deixei muito mal. Motivos não convém agora. Mas muito mal mesmo, acho que nunca fiquei assim.
De vez em quando tentava melhorar. Fiz de tudo. Frequentei todo tipo de lugar, conversei com todo tipo de pessoa, lí todo tipo de livro. Melhorava um pouco mas as vezes voltava.
Não sei quando exatamente que eu me coloquei pra cima.
Acho que foi depois de uma conversa com uma menina, que agora nem tenho tanto contato. Ela me disse várias coisas, mas o que lembro agora: ficar me puxando pra baixo dispende tão ou mais energia do que me colocar pra cima; nossas atitudes geram condições pro que vai acontecer. E eu escrevia muito nessa época. Um dia escrevi que eu era quem eu queria ser. Se eu tinha atitudes que não gostava, se minha vida estava do jeito que estava, é porque eu a estava fazendo assim. E era passado, porque ia ser do jeito que eu queria. Então eu seria do jeito que eu queria ser.
Na verdade não melhorei de um dia pro outro, demorou um pouco ainda.
Mas passou.
Nem lembrava mais.

Mas tudo voltou. Sem querer até abri os emails dessa época. Exatamente de um ano atrás.
Não tinha aprendido.
É aquela coisa: sei com a cabeça, não com o coração.
Então estou ouvindo mp3 de palestras de psicoterapeutas de novo. Não concordo com tudo, mas preciso ouvir e aprender algumas coisas.
E é isso aí. Veja só, nem fiquei tão mal como no ano passado.

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Terminei um livro muito legal que se chama Em Busca de Sentido, de Viktor E. Frankl. Fala sobre a Psicologia do campo de concentração, e o sentido da vida de um modo geral. No final fala sobre a Logoterapia, que é uma terapia que ele inventou, psicoterapia centrada no sentido. " tira do foco de atenção todas aquelas formações tipo círculo vicioso e mecanismos retroalimentadores que desempenham papel tão importante na criação de neuroses. Assim, é quebrado o autocentrismo (self-centeredness) típico do neurótico, ao invés de se fomentá-lo e reforçá-lo constantemente." Recomendo.


Você não pode fazer você se sentir mal, e não deixar os outros te fazerem sentir mal. (...) Acorda, não deixa isso pra você. Não vou me por pra baixo. Não quero o que não é meu.
É, você é responsável pela pessoa te tratar bem. Você não é culpada. Não se olha pra baixo. Se você faz alguma coisa que não dá certo, você não é ruim
Não tem culpa. Não se sinta mal. Você tá tentando. Tá fazendo seu melhor. Não é suficiente, vamos aprender. Não penso mal de mim. Me reconheço como uma pessoa sempre bem intencionada, mesmo que limitada na minha inteligencia.
Não me sinto culpada. Não peço desculpas. Não sou nunca culpado. Deu errado, não era por alí, mas eu tentei. Não penso em culpa, não vou pra baixo.
[áudio que estou ouvindo]
[quando você não está mal, ouvir isso é babaquice e não deve fazer nenhum sentido :p]

domingo, 17 de junho de 2007

Primeiro, é meu dever como chata-divulgadora-musical-oficial informar que nos dias 26 e 27 de julho, no via funchal, vai acontecer o festival indie rock.
Na sexta tocará Móveis Coloniais de Acaju e The Rakes.
Móveis todo mundo já sabe, é *obrigação* assistir, best show ever de todo o sempre. (porém fica a dúvida: com aquele palcão de mega show, acontecerá a roda de copacabana? acontecer sei que vai, a gente dá um jeito, mas conseguirão os integrantes da banda participar da mesma? dúvida, dúvida...) The Rakes eu assisti um pouco (bem pouco) no youtube, é tipo strokesnocomeçodecarreiracomsmiths... Estou baixando os CDs e poderei dar uma opinião mais consistente em breve. Espero gostar, porque 50r$ só pra ver Móveis é meio 'ahn?'. (não desmerecendo a banda, muito pelo contrário, mas cinquenta reais pra ver uma banda que nunca paguei mais de 10?)
E na quinta tem Magic Numbers, eeeee. :) E eu achando que só eu conhecia a banda, hihihi...
O triste é ter que ir nos dois dias. Bem que eu podia ganhar uma folga sexta... Mas beleza.
Dia 26 de julho, quinta-feira, às 21h30
Hurtmold, Moptop e The Magic Numbers
Dia 27 de julho, sexta-feira, às 21h30
Mombojó, Móveis Coloniais de Acaju e The Rakes

Ah, sim, não podia perder a oportunidade. Assistam esse vídeo. Não preciso nem falar nada depois. Assistam.
http://youtube.com/watch?v=JgSkkWp7Zv0

segunda-feira, 11 de junho de 2007

.negar a si mesmo.

Qual a primeira palavra que você aprendeu?
Bem, não sei qual foi a primeira palavra que falou, mas sei de uma que rapidinho você aprendeu o que representava: "Não".
Naquela época, você não sabia que este era um advérbio de negação, mas já sabia que se escutasse, deveria parar de fazer algo, ou entao deveria desistir de alguma idéia, entre outras coisas.

"Não" é uma palavra bastante utilizada, acredito que dizemos mais "não's" do que "sim's". Poderia citar aqui várias coisas como propagandas, dia-a-dia, filmes, músicas, situações; mas isso fugiria do meu foco inicial, e isto é algo que eu NÃO quero.

As pessoas dizem muitos "não's", e acho que algumas delas escutam mais do que dizem. Eu digo sempre, gosto de expressões negativas como "não, nunca, nem, improvável" (não que seja uma pessimista, apenas gosto das palavras, tah?).

As vezes você precisa dizer não, mesmo querendo dizer sim. Os motivos para isso são vários: não magoar outra pessoa, é o certo a ser feito, é o melhor, não se magoar, proteção, e blá, blá, blá. No final, você estará negando a si próprio o direito de dizer sim.

Pior, é quando você nega a si mesmo o direito de ser você. Nega a verdade. Nega a realidade. As vezes por um sonho, uma ilusão, ou simplesmente porque é mais feliz assim.
É mais fácil assim.
É mais simples assim.
É menos doloroso assim.

Só que, a dona verdade e a sra realidade ficam a bater à sua porta, consciência. E você luta, e resiste. E continua a negar a si mesmo. Afinal é necessário, por algum motivo.

As vezes, você fecha os olhos pra não ver, finge que algo não existe, ou simplesmente ignora... mas por quanto tempo você conseguiria viver assim?
afinal, até Pandora abriu a caixa...
mesmo sabendo que não deveria.