sábado, 20 de outubro de 2007

A Cura

Estágio 3: Recaída

Até que um dia... a pessoa que provocou tanto sofrimento fala contigo, vê alguém muito parecido com ela, acha alguma foto que esqueceu de apagar, encontra um email antigo, vê o nome da pessoa em algum texto da faculdade, ouve aquela música maldita que te faz lembrar do sujeito.
Acontece uma dessas coisas, ou todas.
Então dá-se o processo de recaída, a vítima fica mal novamente e chora. Dessa vez, é um choro mais de frustração/saudade/melancolia.
É mais leve e menos desesperador, tem curta duração esse estágio.


Estágio 4: Montanha-Russa

Estágio de maior duração, pode durar meses ou anos. Conheço vítimas que estão nesse estágio há mais de 2 anos.
Se isso fosse continuidade em Mídia teria o nome de Ondas ou Pulsação (sim, estou traumatizada com essa matéria da facul).
Este estágio é uma oscilação dos estágios 2 e 3. Os momentos do estágio 2 são de longa duração, intercalados por momentos de estágio 3, que algumas vezes pode durar um pouco mais ou provocar uma tristeza maior, mas a sua tendência é ir diminuindo a intensidade.
Mas um dia, o causador da dor, procura a vítima... e a vítima dá um basta (claro que com muito esforço dos amigos pra fazer a vítima dar um ponto final na história). E a recaída entra num clímax. Então, dá-se o fim.
E essa parte de tristeza se torna apenas lembranças tristes. E a vida volta a ser o que era.
A vítima ainda não está curada, pois tem medo de novas mágoas e tristezas, então nesse estágio ela vai se fechar para relacionamentos intensos. Algumas optam por relacionamentos curtos e superficiais, outras evitam até mesmo isso.
E vive assim, e o passado vai ficando pra trás...

sábado, 22 de setembro de 2007

A Cura

Estágio 2: A aceitação

Então a pessoa acorda, toma banho e vai pro trabalho. Almoça 100gr, e volta a trabalhar. Pega o transporte e volta pra casa. Toma banho e dorme. Acorda no dia seguinte.
Está ligada no "automático". Um zumbi. Mas pelo menos não está chorando, mas também não está vivendo. Dorme.

E finalmente, ela acorda, e a única coisa que vêm a cabeça é: "que idiotice estou fazendo". E tudo muda. Aquela nuvem cinzenta some... Acorda mais disposta, olha-se no espelho e toma um susto, como pode ficar andando na rua assim, como um ser não-vivo? Se arruma, e se sente bonita.
Se inscreve em mil cursos, liga para amigos que não fala há milénios. Vai no salão de beleza cortar o cabelo. Os amigos devem ficar atentos para que a vitima não faça nada que vá se arrepender depois.

Volta a viver. Pelo menos tenta, né?

Nesta fase, a pessoa sente raiva. E passa a se culpar por ter permitido ficar triste e sofrer. Não tenta mais falar com a pessoa que a deixou triste. E se esforça ao máximo para ficar bem.
E vai vivendo cada dia, desejando que o tempo passe rápido, e todo o sentimento desapareça.


Até que um dia....

domingo, 16 de setembro de 2007

A Cura

Estágio 1: O Choro

A pessoa neste estágio chora muito, um choro desesperado, descontrolado. Tudo perde o sentido. Tudo perde a graça. Não consegue fazer nada, só sente vontade de ficar em um canto, chorando. Chora, chora. Pára de chorar. E chora novamente.
Não dorme a noite. Não quer ver ninguém. Não come. Sente nauseas, e chora. Uma dor imensa por dentro, e chora.
Liga diversas vezes para a "causa" desse choro, manda e-mails, mensagens. Fala coisas sem sentido, chora, briga, chora, pede desculpas, pede uma explicação, chora, pede outra chance chorando.
Com suas últimas forças tenta não chorar.
talvez tome remédios para dormir. talvez tome sorvete e coma chocolate.
Os amigos, nesta fase só podem observar, evitar deixar a pessoa por muito tempo só, pois a pessoa, em alguns casos, não ver sentido em continuar existindo.
Entra no período de "fossa". Fica no quarto, parece um zumbi... não atende o telefone, não faz nada, talvez assista tv. Quando entrar nesse momento, os amigos devem visitar a pessoa, levar um filme (sugiro terror, pois ele não vai conseguir abalar a pessoa), sorvete, chocolate e pipoca.
Durante a fossa, o choro diminui. Até o clímax, que é uma noite chorando muito, e enfim a vítima dorme.

sábado, 15 de setembro de 2007

.presente.

este post não tenta se fixar no presente, afinal ele não existe.

Na escola aprendemos a conjugar verbos, passado, presente, futuro.
Eu vivo, tu vives, ele vive.
Mas o presente é um instante, uma fração curta de tempo, muito curta.
A primeira vez que percebi que o presente não é usado, foi numa narração que fiz no 3ºano colegial. No texto eu coloquei verbos no presente, para dar uma idéia de que a ação estava acontecendo a medida que o leitor lia o texto. O professou corrigiu os verbos, colocando-os no pretérito.

Agora, nas aulas de narrativas o professor diz que so existe o presente, que o passado é a lembrança, e o futuro é a esperança.
Mas, depois, no final da aula, ele fala da teoria de que não existe o presente, mas a turma estava com muita pressa para ouvir sobre isso, e ele se cala. Ops, se calou, afinal isso já passou mesmo...

As vezes pensamos no presente, e achamos que não fizemos nada com a nossa vida, então traçamos planos futuros...o tempo não está do nosso lado...
É neste presente 'inexistente' que o peso da culpa, da consciência, nos atormenta.

O passado, passou. O que vou fazer com o meu presente?

domingo, 19 de agosto de 2007

.passado.

Não, este post não tenta trazer do fundo do baú coisas passadas.


Converso com muitas pessoas, todas com suas vidas e questões, problemas e confusões, soluções e respostas...
Uma coisa bastante frequente que percebi é a "volta ao passado"... toda vez em que o indíviduo (a) se encontrava numa situação de decepção/tristeza, ele fazia comentários sobre pessoa(s) do passado.
Pessoas ou situações que já estavam enterradas, e não seriam dessenterradas se não fosse a decepção...
Se tivesse dado certo o presente, o passado ficaria lá, quietinho...

Mas há casos também, em que o presente está lindo, e tudo bem okay... Então, como meio de sabotagem, o passado é trazido à tona... momentos nostalgicos... mas que poem em xeque todo o mundinho feliz.

De formas diversas, o passado volta...
E ele volta porque o indíviduo permite isso, não desapega.
Deixando agora a minha humilde e louca opinião, o passado deveria ficar lá atrás, no passado... afinal, ele já passou.
Olá!

Atualizando a agenda showcultural,
Nouvelle Vague dia 13 de setembro
Móveis Coloniais de Acaju dia 28 de setembro
Cat Power dia 26 de outubro
Björk dia 28 de outubro

:)

Boa noite.

sábado, 4 de agosto de 2007

Queriiiia colocar aqui uma animação liiiinda que a Elvinha fez mas acho que tá muito grande, dá erro na hora de uploadear... =/

*

Meu orkut chegou em mil scraps.
Faz alguns dias que está com mil scraps.
Quando passa desse número, volto algumas páginas e apago (com a mão em cima da tela pra não ler), até chegar em mil de novo.
E assim vou apagando esses scraps, que não posso nem reler, sabe?

Quando tiver apagado todos, aí vou deixar passar dos mil, porque os outros não quero apagar.

[façam um movimento para a Elva postarrrrr]

domingo, 29 de julho de 2007

Se preparem...
Tim Festival no final de Outubro!
Atrações confirmadas: Björk!, Artic Monkeys, Juliette & the Licks, The Killers.
Atração ainda não confirmada: Cat Power


Eeee :)

Problema é se os shows que eu quero ver forem lá em Curitiba ou no Rio, ia ser bem chato.
Mas espero que todas as atrações toquem em todas as cidades. ^.~
(shows em SP, Rio, Ctba e Vix)

[ouçam o novo trabalho da Björk, Volta. È muito bom. Tem no orkut, na comunidade Björk downloads]

domingo, 22 de julho de 2007

Atendendo a pedidos, mais especificamento do nosso amigo Ronaldo, postarei.

Sobre o que eu ainda não sei...

Na verdade estou um tanto quanto cansada e vou dormir em breve.

(imagine 'um tanto quanto' como um tanto beeeeeeeeeeeeeeeem grande....)


Que férias são essas? Credo...


Então...


Boa noite :)

domingo, 1 de julho de 2007

Ontem estava toda otimista, como puderam notar, dando um up em minha vida, etc.
Fui ao teatro e estava me encaminhando ao aniversário do meu amigo Igor, nabalada. (isso que é amizade, hein)
Então, um mocinho-oprimido-pelo-sistema-capitalista me abordou na rua. E foi bem horrível. Depois ficou menos pior, o moço era até calmo, mas ainda assim foi bem ruim, desamaiei e tudo mais (chorar não preciso nem comentar)
Daí cheguei em casa e pensei "Mas bah, que ironia. No dia que eu resolvo voltar a usar a correntinha do papai do céu que minha tia me deu, e recomeçar minha revolução interna, 'não me pôr pra baixo', 'ter auto-controle', 'praticar o desapego', 'ser feliz', 'saber que a vida me trata como eu a trato' (são as lições), acontece isso. Quer dizer, fé, pensamento positivo e otimismo não funcionam de nada, então."
Mas depois eu pensei: Talvez se eu não tivesse feito isso tudo, algo bem pior tivesse acontecido.
Porque o susto foi bem grande, mas o moço não me machucou nem nada.
O que vocês acham?

sábado, 30 de junho de 2007

Umas coisas até engraçadas estão acontecendo.

Quem me conhece há tempos sabe que ano passado, em abril aproximadamente, me deixei muito mal. Motivos não convém agora. Mas muito mal mesmo, acho que nunca fiquei assim.
De vez em quando tentava melhorar. Fiz de tudo. Frequentei todo tipo de lugar, conversei com todo tipo de pessoa, lí todo tipo de livro. Melhorava um pouco mas as vezes voltava.
Não sei quando exatamente que eu me coloquei pra cima.
Acho que foi depois de uma conversa com uma menina, que agora nem tenho tanto contato. Ela me disse várias coisas, mas o que lembro agora: ficar me puxando pra baixo dispende tão ou mais energia do que me colocar pra cima; nossas atitudes geram condições pro que vai acontecer. E eu escrevia muito nessa época. Um dia escrevi que eu era quem eu queria ser. Se eu tinha atitudes que não gostava, se minha vida estava do jeito que estava, é porque eu a estava fazendo assim. E era passado, porque ia ser do jeito que eu queria. Então eu seria do jeito que eu queria ser.
Na verdade não melhorei de um dia pro outro, demorou um pouco ainda.
Mas passou.
Nem lembrava mais.

Mas tudo voltou. Sem querer até abri os emails dessa época. Exatamente de um ano atrás.
Não tinha aprendido.
É aquela coisa: sei com a cabeça, não com o coração.
Então estou ouvindo mp3 de palestras de psicoterapeutas de novo. Não concordo com tudo, mas preciso ouvir e aprender algumas coisas.
E é isso aí. Veja só, nem fiquei tão mal como no ano passado.

-
Terminei um livro muito legal que se chama Em Busca de Sentido, de Viktor E. Frankl. Fala sobre a Psicologia do campo de concentração, e o sentido da vida de um modo geral. No final fala sobre a Logoterapia, que é uma terapia que ele inventou, psicoterapia centrada no sentido. " tira do foco de atenção todas aquelas formações tipo círculo vicioso e mecanismos retroalimentadores que desempenham papel tão importante na criação de neuroses. Assim, é quebrado o autocentrismo (self-centeredness) típico do neurótico, ao invés de se fomentá-lo e reforçá-lo constantemente." Recomendo.


Você não pode fazer você se sentir mal, e não deixar os outros te fazerem sentir mal. (...) Acorda, não deixa isso pra você. Não vou me por pra baixo. Não quero o que não é meu.
É, você é responsável pela pessoa te tratar bem. Você não é culpada. Não se olha pra baixo. Se você faz alguma coisa que não dá certo, você não é ruim
Não tem culpa. Não se sinta mal. Você tá tentando. Tá fazendo seu melhor. Não é suficiente, vamos aprender. Não penso mal de mim. Me reconheço como uma pessoa sempre bem intencionada, mesmo que limitada na minha inteligencia.
Não me sinto culpada. Não peço desculpas. Não sou nunca culpado. Deu errado, não era por alí, mas eu tentei. Não penso em culpa, não vou pra baixo.
[áudio que estou ouvindo]
[quando você não está mal, ouvir isso é babaquice e não deve fazer nenhum sentido :p]

domingo, 17 de junho de 2007

Primeiro, é meu dever como chata-divulgadora-musical-oficial informar que nos dias 26 e 27 de julho, no via funchal, vai acontecer o festival indie rock.
Na sexta tocará Móveis Coloniais de Acaju e The Rakes.
Móveis todo mundo já sabe, é *obrigação* assistir, best show ever de todo o sempre. (porém fica a dúvida: com aquele palcão de mega show, acontecerá a roda de copacabana? acontecer sei que vai, a gente dá um jeito, mas conseguirão os integrantes da banda participar da mesma? dúvida, dúvida...) The Rakes eu assisti um pouco (bem pouco) no youtube, é tipo strokesnocomeçodecarreiracomsmiths... Estou baixando os CDs e poderei dar uma opinião mais consistente em breve. Espero gostar, porque 50r$ só pra ver Móveis é meio 'ahn?'. (não desmerecendo a banda, muito pelo contrário, mas cinquenta reais pra ver uma banda que nunca paguei mais de 10?)
E na quinta tem Magic Numbers, eeeee. :) E eu achando que só eu conhecia a banda, hihihi...
O triste é ter que ir nos dois dias. Bem que eu podia ganhar uma folga sexta... Mas beleza.
Dia 26 de julho, quinta-feira, às 21h30
Hurtmold, Moptop e The Magic Numbers
Dia 27 de julho, sexta-feira, às 21h30
Mombojó, Móveis Coloniais de Acaju e The Rakes

Ah, sim, não podia perder a oportunidade. Assistam esse vídeo. Não preciso nem falar nada depois. Assistam.
http://youtube.com/watch?v=JgSkkWp7Zv0

segunda-feira, 11 de junho de 2007

.negar a si mesmo.

Qual a primeira palavra que você aprendeu?
Bem, não sei qual foi a primeira palavra que falou, mas sei de uma que rapidinho você aprendeu o que representava: "Não".
Naquela época, você não sabia que este era um advérbio de negação, mas já sabia que se escutasse, deveria parar de fazer algo, ou entao deveria desistir de alguma idéia, entre outras coisas.

"Não" é uma palavra bastante utilizada, acredito que dizemos mais "não's" do que "sim's". Poderia citar aqui várias coisas como propagandas, dia-a-dia, filmes, músicas, situações; mas isso fugiria do meu foco inicial, e isto é algo que eu NÃO quero.

As pessoas dizem muitos "não's", e acho que algumas delas escutam mais do que dizem. Eu digo sempre, gosto de expressões negativas como "não, nunca, nem, improvável" (não que seja uma pessimista, apenas gosto das palavras, tah?).

As vezes você precisa dizer não, mesmo querendo dizer sim. Os motivos para isso são vários: não magoar outra pessoa, é o certo a ser feito, é o melhor, não se magoar, proteção, e blá, blá, blá. No final, você estará negando a si próprio o direito de dizer sim.

Pior, é quando você nega a si mesmo o direito de ser você. Nega a verdade. Nega a realidade. As vezes por um sonho, uma ilusão, ou simplesmente porque é mais feliz assim.
É mais fácil assim.
É mais simples assim.
É menos doloroso assim.

Só que, a dona verdade e a sra realidade ficam a bater à sua porta, consciência. E você luta, e resiste. E continua a negar a si mesmo. Afinal é necessário, por algum motivo.

As vezes, você fecha os olhos pra não ver, finge que algo não existe, ou simplesmente ignora... mas por quanto tempo você conseguiria viver assim?
afinal, até Pandora abriu a caixa...
mesmo sabendo que não deveria.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Atendendo a pedidos, nós deveriamos postar.
Sobre o que exatamente eu não sei....
Aceitamos sugestões...


Posso falar por mim e por minha amiga querida que estamos deveras ocupadas e nossas faculdades, apesar de serem os cursos de nossas vidas, estão num período de caos.

:)

sexta-feira, 4 de maio de 2007

.sem título.

buscava alguma citação, porque não encontrava a inspiração...
Até que percebi, as palavras fugiram porque realmente eu não tinha nada a dizer...

sexta-feira, 27 de abril de 2007

(onde o traço se torna existência)

Então escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não é palavra. Quando essa não-palavra - a entrelinha - morde a isca, alguma coisa se escreveu. Uma vez que se pescou a entrelinha, poder-se-ia com alívio jogar a palavra fora. Mas aí cessa analogia: a não-palavra, ao morder a isca, incorporou-a. O que salva então é escrever distraidamente.

Dia desses resolvi que ia escrever algumacoisaqualquercoisa. Aqui ou no meu caderno, tanto faria. Comecei: Lóri se cansava muito porque ela não parava de ser.

Hoje, sem meu mp3, fui reler Água Viva, a obra mais acessível no momento. Às vezes me entristece um pouco, gostar tanto das palavras e não saber usa-las. Não chega a ser um problema, no entanto, porque Clarice já disse tudo por mim.

conseguirei um dia parar de viver? ai de mim que tanto morro.

Dia desses, na faculdade, avistei uma revista com um especial sobre ela. Lindo, cheio de fotos, cheio de escritos, cheio de tudo. Normalmente não permaneço na biblioteca no horário do intervalo. Pessoas, barulho, bagunça, caos. Ao ler Clarice, porém, nada disso existia. É magia, digo com propriedade.

Eu que sou tudo isso, devo por sina e trágico destino só conhecer e experimentar os ecos de mim, porque não capto o mim propriamente dito.

Esse alvoroço interno provavelmente se deve à exposição de aniversário do Museu da Língua Portuguesa, de aniversário do lançamento dA Hora da Estrela, que tem como tema minha ídola-mór de todos os tempos. A qual estarei visitando na data de amanhã. E depois-de-depois-de-amanhã. E muitas outras vezes.

Mas, conforme acabei de confessar para minha querida amiga Elvinha, tenho medo de me decepcionar com a exposição em questão. Usualmente faço isso. Crio expectativas maiores que o mundo. E, usualmente, as coisas do mundo não tem como ser maiores que o mundo...

: será que consigo me entregar ao expectante silêncio que se segue a uma pergunta sem resposta? Embora adivinhe que em algum lugar ou em algum tempo existe a grande resposta para mim.


Elva, na sua inteligência de sempre, disse-me para parar de pensar. Acho que escrever um post sobre isso não é bem 'parar de pensar'. Mas já estava escrevendo o post antes, queria compartilhar esses trechos maravilhosos com vocês...

Embora às vezes grite: não quero mais ser eu!! mas eu me grudo a mim e inextricavelmente forma-se uma tessitura de vida.


O que te falo nunca é o que eu te falo e sim outra coisa.

Hora dessas pensei: será que se eu tivesse nascido no mesmo dia e mês porém há trinta anos Clarice ia ser minha amiga?
Ela já escreveu diversas vezes sobre leitores com os quais se comunicava por carta, leitores que ligavam para ela, que a visitavam, etc... Gostaria minha ídola de conversar comigo - especialmente sabendo que compartilhamos a data de aniversário, podíamos dividir o bolo - ou iria ela me achar por demais boba?

Isso, infelizmente, não tenho como saber.
Felizmente, no entanto, posso, então, decidir que ela gostaria, sim, de conversar com minha pessoa. E ficaria extremamente feliz de conhecer uma pessoa que compartilha, sim, de seus pensamentos.
...
Uma pessoa que a vive.

O instante é semente viva.

Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

.aprender a errar.

vc tem dois caminhos:
aprender com o erro dos outros
ou aprender que tentar aprender errando por si mesmo pode causar muitos problemas...

(Elva, desocupada pensando sobre o assunto errar...)

isso me lembra uma frase do Millôr:
"Errando é que se aprende... a errar".

sexta-feira, 6 de abril de 2007

- a quem interessar possa -

07/04/2007 - 20:00 - Livraria da Esquina - A Fabulosa Banda do Curinga

Estou quase triste. Mas, ao invés de cometer os mesmos erros outra vez, quero ter algo em que acreditar. E vou levando, até onde der. Pode dar certo, ou não. Ao menos terei ido por outro caminho, e será mais um pra deixar anotado no guia.


O mesmo céu, a mesma cor/ Quanto tempo passou?/ Não há mais o que provar/ Recomeçar em outro lugar/ Que relevância pode existir/ em lamentar agora o que não fez?/ Se arrepender por cometer/ Os mesmos erros outra vez/ Sem algo em que acreditar /Não posso mais ficar aqui/ Quem vai poder reconhecer/ certezas que viraram pó?/ Abandonar o que conquistou/ Escolhas que não tem retorno/ Inventar outra verdade/ E buscar o que nunca imaginou
Se arrepender por cometer/ Os mesmos erros outra vez/ Sem algo em que acreditar
Não posso mais ficar aqui/ Não posso mais
O que ficou pra trás/ Não deve te prender/ Impossível alcançar/ Pois não existe mais/ O que você ganhou.../ O que você perdeu.../ São mais do que lições
Não somos mais os mesmos/ Nem antes, nem depois/ Caminhos quase sempre incertos/ Imprevisível é viver

[Dead Fish - Exílio]
(tava demorando pra colar DF...)

domingo, 1 de abril de 2007

.o que sobrar.

as vezes as palavras fogem, (todo mundo já sentiu isso pelo menos uma vez na vida)...
as vezes o sorriso foge, e a lágrima vem...
e você pensa e chora, e chora sem pensar...
e sente o que não quer sentir, e não sabe o que está sentindo.

e o resto é silêncio. (hamlet)

domingo, 18 de março de 2007

"Sem horas e sem dores,

respeitável público pagão, bem-vindos ao Teatro Mágico! Sintaxe a vontade. "

Após aquele fatídico e traumatizante dia (de seis horas na fila e não conseguir ingresso), havia dito à srta Elva que não mais tentaria ir a um show do TM.
Porém, graças à companhia do meu amigo Igor e aos ingressos antecipados sendo vendidos na loja de nome complexo no Frei Caneca, resolvi dar mais uma chance. Afinal, é tanto estardalhaço sobre essa Trupe que provavelmente valeria a pena.

Então saí de casa de manhã na sexta, trabalhei o dia todo, fui pra faculdade à noite, fui dormir na casa de minha vovó, fiz minha aula no sábado cedinho, voltei pra casa da vó, fui ao marceneiro e ao salão acompanhar minha tia, e fui para a Academia Brasileira de Circo. Na Barra Funda. Sozinha. Na chuva. De saia. Com mochila pesada - nas minhas costas desde sexta cedinho, só pra constar.

Mas cheguei lá e fui cara de pau. Disse pras meninas da minha frente: vocês querem ser minhas amigas? (é, eu disse isso). E ficamos amigas e elas foram uns amores e foi bonito. ^.~
[obrigaaaaaaaaaaaaaaada se vocês lerem isso!]

Vou parar de enrolar e falar logo do show.
Aliás, não vou falar não. Vou só mostrar as fotos.
Na pedra mais alta. [x]
Reacende o que for pra ficar. [x]
Essas são bonecas fofas. [x] [x] [x] [x] [x]
E essa é a trupe. [x]
Esse é o Fernando. [x] [x]
E essas são umas palhaças. [x] [x]

Show foi bonito sim mas não tocaram a música mais lindíssima do mundo, que é assim:
Não há de ser nada pois sei que a madrugada acaba, quando a lua se põe.
O abraço de um vampiro é um sorriso de um amigo e mais nada.
Não há de ser nada pois se a madrugada acaba, quando a lua se põe.
A estrela que escolhi não cumpriu com o que eu pedi e hoje não a encontrei.
Pois caiu no mar e se apagou, se souber nadar faça me o favor.
O milagre que esperei, nunca me aconteceu.
Quem sabe só você, pra trazer o que já é meu.
Brilha onde estiver
faz da lágrima o sangue que nos deixa de pé.

segunda-feira, 12 de março de 2007

.nada.

eita como isso tá abandonado...
o.o

"Não posso correr / tenho que ficar aqui / não quero sofrer / então brinco de sorrir."

até qualquer dia..

(PS: me mandaram no msn isso, mas não sei a autoria..)

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

.SP parte 1: As verdades e mentiras sobre São Paulo.

Antes dessa aventura louca (sim, ir pra um lugar desconhecido ficar na casa de pessoas que vc só conhece pela internet ainda se chama loucura), meus amigos (as) baianos ficaram preocupados comigo... e me disseram mil coisas para tomar cuidado na cidade grande...
Eu tava “tranqüila” (antes de ir quase tive um ataque de nervos, ficava pensando de onde tinha saído essa idéia...)
Mas sem muitas delongas... vamos aos mitos...
Mito nº1: o engarrafamento
Eu não vi engarrafamentos... até tenho uma foto sobre uma pontezinha que mostra o trânsito calmo
Mito nº2: emos X neo-nazistas
Eu vi muitos emos, mas nenhum neo nazista batendo neles... hehehehehe
Mito nº3: buracos
Nem vi uma cratera nem nada.. só um buraquinho na avenida paulista
Mito nº4: O PCC
Não vi ataques, não vi ônibus destruídos, não vi nada..
Mito nº5: o “R” puxado
Sim, este é verdadeiro.. mas não são todos que falam poRRRRRRta, e etc hehehehe.. mas a diferença na liguagem é muito engraçada.. rendeu muitos momentos de discussão entre Lucy e eu... é “pôça” ou “póça”? hehehehehehhe

Faço outro post depois pois tenho que correr pra fazer milhões de coisas..
(e mais um post com as teorias sobre os mitos ;p)

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

016

Depois de mil anos sem postar nada, cá estamos nós (é, mais uma vez, as duas), tentando achar um assunto digno de um post.
Ops, a srta Lucy acabou de derrubar a caixa de som quando tentava abaixar o volume... hehehehehehe
E como dona Elva sabe disso? Sim, ela está em São Paulo! Tá certo que depois de amanhã ela já vai embora (snify) mas só lembramos de avisar vocês agora.
Hehehehe. É, né? fazer o que se essas pessoas viajam e esquecem dos compromissos?? rsrsrs
Mas o que importa é que estamos aqui.
E este post deveria ser o POST, mas estamos ainda sem assunto... acho que é o cansaço mesmo... Hum o assunto pode ser um segredinho que descobri.. a dona Lucy é uma pessoa consumistaaaaaa! Em todos os shoppings que visitamos ela comprou alguma coisa...
MENTIRA! Não foi em todos, não. E só foram coisas baratíssimas e úteis!
Claro.. eu tava lá pra controlar ela.. porque se não ela teria comprado.
Chega de difamação, menina, vamos mudar de assunto.
tá bom, tá bom, exagero meu... hehehehehehehe. Mas do que vamos falar mesmo?
Ainda não tinhamos decidido...
heheh virou um texto via msn? rsrs
Praticamente, mas tudo bem. Melhor começarmos alguma coisa senão vai ficar muitinho grandessíssimo e ninguém vai ler...
Bem agora eu acho que deveríamos terminar.. hehehhe e escrever outro amanha.. ou mais tarde; esse pode ser apenas um post de "sim, o blog não foi abandonado" hehehehehhehe
Ok, ok, eu concordo. ^.~
então tá.. um bjo pra td mundo.. aliás 2 bjos, porque na Bahia são 2 bjinhos no rosto.. aqui em sp é apenas um...
É nada, é quantos a pessoa quiser.
ai ai.. pra não começar outra discussão... the end.. :p

sábado, 27 de janeiro de 2007

.Vícios.

Acho que foi outro dia que conversava com uma grande amiga, e ela me disse que tinha tendências para vícios. Que isso poderia ser genético, pois algumas pessoas da família também tinham... Minha mãe me disse que ela nunca foi viciada em nada, quando ela percebia que estava viciando-se em algo, ela parava.
Assumo que já tive diversos vícios e acho que procuro sempre um novo..
Sou viciada em pessoas, já fui viciada em arquivo x, em leitura, em cinema, em escrever, em baixar músicas....

Há tantos vícios possíveis..

Vicio de beber
Vicio de fumar
Vicio de jogar
Vicio de mentir
Vicio de ver televisão

Você pode ser viciado em ser feliz, ser triste, colecionar botões, cartões, viciado em dar dinheiro a mendigos, víicio em massagens, vicio em compras, vicio em pintar unhas..
Há os viciados em leitura, viciados em internet, em bate-papos, em orkut.
Já perceberam né, diversos vícios.

Lendo um pouco sobre o assunto, descobri que os especialistas não gostam do termo vício, e sim comportamentos compulsivos. Vício é um comportamento compulsivo que não conseguimos controlar (li em algum lugar).
Mas por que temos necessidades de ter vícios? Que vazio é esse que precisamos ficar preenchendo com algo impulsivo, e repetitivo?

E os ciclos viciosos? Normalmente temos isso com situações que não nos fazem bem, mas mesmo assim continuamos insistindo nelas.
Qual é realmente o objetivo disso? Talvez seja alguma esperança das coisas melhorarem, ou talvez sejamos viciados em querer nos sentir mal.
Isso é doentio... mas penso que num mundo que “sentimos muito pouco e pensamos em demasia” (Chaplin) algumas pessoas “buscam” a tristeza para quando aparecer-lhes um momento feliz, elas sentirem ele ao máximo... Acho que Freud disse algo do tipo no livro “o mal na civilização”.

A frase que me inspirou para o texto foi:
"Vício é o que sempre estamos fazendo pela última vez". Leon Eliachar (1923-1987), escritor carioca.

O que você tem feito pela última vez?

sábado, 20 de janeiro de 2007

.(uma questão de perspectiva).

Aprendemos na física que tudo depende do referencial. Naquele assunto mesmo - Cinética - um corpo que está em movimento em um ponto de vista pode estar parado quando você muda o referencial.

Bom, eu acho que se esse objeto teoricamente em movimento está parado quando vemos de um referencial, é porque esse referencial está em movimento também - o mesmo do objeto.
(mas não sei se a física diz isso)

(a fisica diz isso)

E isso deve querer dizer alguma coisa. Inclusive no sentido conativo e metafórico do qual vamos nos utilizar no texto.

(olha só, eu sei física sem querer!)

O que estamos tentando mostrar é que são nossos olhos que constroem o mundo. "O copo está meio cheio ou meio vazio" lembrou a nossa querida Lucy, quando conversávamos sobre este assunto. O mesmo objeto, a mesma situação, podem ser vistos de várias maneiras. Já nos disseram que só vemos o que queremos ver, o que não deixa de ser uma verdade.

E, dizendo algo que nossa querida Elva talvez vá discordar, já que cada um vê o que quer ver e nossos olhos constróem o mundo.... não existe uma verdade que possa ser considerada real e inexorável.

(eita q esse texto vai ficar grande)
Bem, li num livro há pouco tempo, que o são as idéias fixas que sustentam o mundo. Mas isso fica para o próximo post em dupla.
Aliás, voltando a este livro... tinha um jornalista que acreditava que o mundo girava ao seu redor, e que ele controlava tudo com sua inteligência. Para tal personagem, realmente o mundo girava ao redor dele - porque ele queria ver assim.

Mas se num 'ponto de vista' criamos as realidades, criamos o mundo - e assim ele gira conforme vamos criando... Então, nesse ponto de vista, giraria ao nosso redor.

Giraria, se conseguíssemos controlar a escolha das outras pessoas. Mas na verdade apenas, vemos o mundo como queremos, não necessariamente o mundo gira ao nosso redor. O personagem que citei acreditava que o universo existia por causa dele.
Um mero exemplo de que tudo depende do modo como você quer ver.

Tudo pode influenciar numa interpretação de algo. Nossas crenças, nossos medos, nossas verdades, nosso contexto sócio-histórico-ideológico. O ângulo que você está observando.

De cima, o copo está meio vazio. Mas se você olhar de baixo, ele estará meio cheio.

Não esquecendo que na perpendicular, ele está no meio.


"Não existem fatos, mas apenas interpretações de fatos." Nietzsche.


[Esse texto foi uma idéia “compartilhada”... Basicamente, pensamos ao mesmo tempo em escrever um texto “à 4 mãos.” E, depois de muitas risadas e muitos parênteses que nem foram colados aqui, saiu isso que vocês puderam ler acima. Uma menina sucinta e uma menina prolixa, que pensam exageradamente muito e de jeitos parecidos mas diferentes sobre assuntos diversos que acabam sempre nas mesmas teclas.

Esperamos que tenham gostado. (e entendido. Porque deve ter ficado confuso (mais que o usual))]

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Fênix e Alquimia

[participação mais que especial do menino mais lindissíssimo do mundo, Mauricio]

Como seria acordar exausto, de mal humor, e naquele mesmo momento saber que este é seu último dia de vida? Aquela exaustão e mal humor iniciais iriam se transformar em força e ânimo?
Por mais estranha ou simples que seja toda e qualquer filosofia de vida, todos acabam adotando uma. Ou apenas deixando a vida o levar, o que não deixa de ser um estilo de vida.
Aproveitar o dia. Fazer com que 18 horas pareçam 36 horas. Cada minuto, cada respiração não passem despercebidos.
Porque não transformar um dia cinzento e chuvoso num belo dia para um banho de chuva? Porque não mudar e reciclar? Porque não gastar um pouco de dinheiro e matar a fome de quem precisa? Porque não utilizar um tempo para fazer compania a um idoso solitário. Porque não transformar o despercebido em riquezas? Porque não?
E o dia deixou de ser apenas mais um para ser o último. A noite se aproxima, as forças estão acabando. Mas ainda tem tempo para dar boa noite para quem me ama. E com o corpo esgotado de exaustão me deito já sem vida.
Assim, imobilizo o tumulto cotidiano e, na manhã seguinte renasço do caos novamente. Para mais um último dia.

[Nem adianta ter um interesse excessivo por essa pessoa incrível e inteligente assim porque é meu namorado gatinhíssimo e eu sou ciumenta, já aviso antecipadamente... Mas podem comentar que isso eu deixo. ^.~]

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

(e a esperança)

No clima dos comentários do post anterior e no clima do recém-lido artigo do moço Calligaris, falarei sobre essa coisa de utopias e afins.

Afinal, a gente vive pra quê? Simplesmente viver, sem nenhum sentido? Achar um sentido? Mudar o mundo? ...
Claro, não vou discutir, cada um cada um. E cada um que sabe da sua.
Seus motivos são só seus, e só farão sentido pra você. Mas isso não impede você (ao menos não devia impedir) de conhecer outros pontos de vista e raciocionar, chegando assim a uma idéia que faz mais sentido - pelo menos por agora.

No primeiro dia de um dos cursos para voluntários que eu participei, perguntaram "Por que você está aqui?" Não sei falar em voz alta, ainda mais assim logo de começo, mas consegui levantar e dizer "Porque eu não concordo com a situação do nosso mundo. E se eu não concordo, tenho que fazer alguma coisa, que seja. Se não fizesse, seria o mesmo que concordar. E é por isso que estou aqui."
Eu era a pessoa mais jovem de lá, e já tinha ouvido de praticamente todo mundo - tanto candidatos quanto instrutores - que 'eu devia estar alí pra conseguir pontos na faculdade' ou algo assim. (aparentemente alguma faculdade exige trabalhos voluntários. Eu não conheço). Então todo mundo ficou espantado com o que eu falei, e durante o curso inteiro vinham me parabenizar pela minha atitude. (mas no último dia tinha uma prova pra fazer - pro cremesp, meu atual emprego, coincidentemente - e não pude concluir lá =/ )

Mas é assim, vamos tentando... Movimentos sociais, voluntariados, grupos diversos... Se não der certo, tentar outra coisa. Decepções? Existem tantas outras opções a serem exploradas. Tenho certeza que ninguém tentou de tudo. E, se tentou, é uma boa hora pra recomeçar.

Moço Calligaris perguntou dos sonhos da juventude. Acho que meus sonhos pra minha vida e meus sonhos pro mundo, de um modo geral, são até congruentes.
Não sei se o mundo vai ser lindo, um dia. Mas sei que vou tentar fazer minha parte pra que ele seja assim.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

.único pecado.

Nada como uma gripe para tirar sua inspiração, claro que com a colaboração de uma dor de cabeça...
Então, cá estava tentando achar algo para o post, lembrei de um trecho do livro "O Caçador de Pipas" de Khaled Hosseini.

E tcharaaaaaam... vou na cozinha pegar água para tomar o remédio, vem a idéia...
Falar sobre pecado.

O que é pecado?

Como uma boa menina, ia à Igreja com mamãe e aprendi que quem pecava ia para o inferno.
1 - Mentir é pecado
2 - Correr pela Igreja é pecado
3 - Bater na minha irmã é pecado
4- Bater em qualquer pessoa é pecado
5 - Assistir filmes de terror é pecado
6 - Usar maquiagem/esmalte/brincos/tatuagem/etc pecado
7 - Não prestar atenção no que o Pastor está falando é pecado

se ficar listando aqui tudo o que era pecado, vou levar muito tempo e o texto vai ficar mais entendiante ainda..

Então, cresci cometendo alguns pecados (principalmente o de ver filme de terror...), e já "grande" (sem piadas meus amigos.. hihihihi) conheci os 7 pecados capitais no filme "seven". Ano passado comecei a ler a série dos 7 pecados, lançados por alguma editora que não me recordo agora. Já li sobre a Inveja, Gula, Soberba, tentei ler Preguiça mas desisti...
De acordo com alguma teoria, cada um tem pelo menos um pecado capital. Se for verdadeira, o meu deve ser a Preguiça.
Fora dos 7 pecados, um pecado que considero grave hoje, depois de muitos livros lidos (nenhum específico sobre pecado... aliás, muitos eram peças de Shakespeare... hihi), é o de ir contra a si mesmo...

Mas voltando ao trecho do Caçador de Pipas (para concluir este post) que me fez escrever sobre pecados:

"... existe apenas um pecado, um só. E esse pecado é roubar. Qualquer outro é simples mente uma variação do roubo....

Quando você mata um homem, está roubando uma vida — disse baba. — Está roubando da esposa o direito de ter um marido, roubando dos filhos um pai. Quando mente, está roubando de alguém o direito de saber a verdade. Quando trapaceia, está roubando o direito à justiça. Entende?"

sim, entendi.

sábado, 6 de janeiro de 2007

(Ouvindo: Explosions in the Sky)

Uma vez disseram que o fundo musical enquanto escrevemos deve ser somente instrumental, sem letra. A princípio faz sentido, já que você teoricamente vai prestar atenção na letra da música, e começar a pensar sobre o assunto, e sentir o que quer que seja que a música faz-te sentir.
Mas mesmo música sem letra traz sentimentos específicos.
Essa música do EitS que estou ouvindo agora, The First Breath After a Coma, por exemplo. Mesmo sem ler o nome (que torna meio óbvio), é até animadora, quase felizinha. Não necessariamente tendo a ver com um coma nem algo do gênero.
Summer, do Mogwai, traz sentimentos indescritíveis. Não sei o que acontece. Mas, certamente, alguma coisa acontece. Praticamente uma montanha russa emocional.
Por isso gosto tanto de música. Cinco pessoa, lá da Escócia, fizeram um barulho com guitarras, teclados e sei-lá-que instrumentos em 1996 e, dez anos depois, uma menina no Brasil está escrevendo que essa música a faz sentir de um jeito que ela nem sabe como é. (mas não aparenta ter nada a ver com verão)

A verdade é que eu não sabia nada para escrever. Abri a pastinha de Mp3 e resolvi ouvir EitS, lembrando do conselho que me foi dado há tempos atrás. Como ainda não sabia nada para escrever, resolvi jogar qualquer assunto. E seria basicamente isso.

Se façam felizes.

Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: Quero é uma verdade inventada. (Claricce)

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

.espelhos e fotografias.

Era uma vez uma garotinha que não gostava de tirar fotos, nem se olhar no espelho. Ela fugia das fotografias, sempre que alguém iria tirar uma foto, ela pedia para ela fazer isso. E não se encarava nos espelhos, se arrumar na frente deles era uma batalha travada todos os dias... muitos dias ela fazia isso numa rapidez extraordinária.

Na verdade, essa garota não conseguia se enxergar nos espelhos e fotografias, sempre via uma estranha. Ela queria tanto que eles mostrassem a verdade, como ela era por dentro... E se achava feia, e torta, e desengonçada, e feia...

Queria tanto que os espelhos refletissem a sua verdadeira face... Já imaginou, um mundo sem máscaras? Onde todos enxergariam a essência, e não o físico? Aí sim, aquela expressão seria verdadeira: ‘a 1ª impressão é a que fica’.

Mas, isso não iria acontecer...

E a garotinha passou a se conformar com sua situação... Vivia cada dia sem encarar espelhos, nem fotografias.

Então apareceu a fada madrinha, e tirou uma foto dela, e ela conseguiu “se ver”... Ela se reconhecia (tá, eu não sei realmente o que aconteceu com ela, então vamos imaginar que foi a fada madrinha mesmo...) e era incrível. Até com o espelho ela fez as pazes depois disso.

Ela nunca se atrasava para nada, pois conseguia o que muitas mulheres não conseguem, se arrumar rapidamente na frente do espelho. Ela se tornou também uma grande fotografa, também né, com anos de prática nessas duas coisas...

E viveu feliz, e triste, e alegre, e cansada, e disposta, e estressada, e relaxada, e divertida, e etc e tal... o que importa é que ela passou a se ver, e isso era o mais importante para ela.


"She said she's never felt at home
Even in her own face.

I know it won't be long
Until you turn to a butterfly"

~Lifehouse - Butterfly ~

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

::realizações::

Ia tentar responder a pergunta de minha amiga Elva, sobre o que uma futura publicitária e uma futura psicóloga têm a dizer, mas também não sei...
Então vou começar falando sobre... bem, também não sei. Maravilha. Um ótimo jeito de começar.
Primeiro, como vocês podem notar, eu não sei ser sucinta. Segundo, como também notado, sou levemente um pouco indecisa. E chata, mas isso é só um detalhe.

...

Vou até a farmácia. Espero ter um assunto quando voltar.

...

Voltei. Ainda Não tenho assunto.

...

Tá, fui ler o site do nosso amigo Igor pra ver se tinha alguma idéia, e notei que ele escreveu "... e que 2007 seja um ano repleto de muitas realizações e bons filmes!!!"
Não sei se já era assim e eu que não havia percebido, mas vocês não acham que "realizações" foi uma palavra muito usada nesse fim de ano? Eu, inclusive, usei bastante, hihi.
(Pode comentar que você não usou, srta Elva ^.~)

Será que as pessoas estão buscando (e, consequentemente, desejando aos outros) mais realizações na vida? Será que as pessoas estão mais insatisfeitas com suas existências?
Se bem que, quando estudamos (e nem precisa ser muito), aprendemos que essa insatisfação existe desde sempre (ou quase). (vide o Mal estar na civilização, que todo mundo já leu)
Esse é um problema apresentado diversas vezes na música, inclusive. ("encha de vazio o seu vazio interior", já dizia nosso colega Rodrigo)
Não vou entrar na parte sócio-histórico-política da questão porque esse post ficaria mais chato do que já está... Só levantarei algumas questões relacionadas a realização.
Realizar, de acordo com o super dicionário, é tornar real, fazer que tenha ou ter existência concreta, dar forma, entre outras acepções.
Quando alguém deseja que alguém seja uma pessoa realizada, está desejando, nada mais nada menos, que a pessoa dê existência a algo. Sem maiores especificações. Isso não deve ser tão difícil, certo? 'Algo', no caso, é um conceito muito amplo. Viver já é realizar. A partir do momento que você acorda, você está construindo o seu dia, dando existência à sua vida...
Então, todos nós temos, sempre, dias repletos de realizações.
A questão é fazer dessas realizações algo que realmente tenhamos orgulho de ter feito, não?
Seu dia vai ser todo criado por você, de todo modo... Acho que quando as pessoas desejam "muitas realizações", devem querer dizer na verdade "que a realidade que você crie hoje faça você dar um sorriso quando for dormir."


[
.Elva. alem-do-que-se-le.blogspot.com diz:
(bem, eu nao acho isso... mas tomara q vc esteja certa)
Lóri diz:
porqueeee?
.Elva. alem-do-que-se-le.blogspot.com "i cant remind u all the time" diz:
"que a realidade que você crie hoje faça você dar um sorriso quando for dormir."
.Elva. alem-do-que-se-le.blogspot.com "i cant remind u all the time" diz:
acho q na verdade elas dizem isso pq alguém disse isso há muito tempo atrás...
.Elva. alem-do-que-se-le.blogspot.com "i cant remind u all the time" diz:
e isso é repetido.. sem nenhum significado realmente..
.Elva. alem-do-que-se-le.blogspot.com "i cant remind u all the time" diz:
meio pessimista neh?
Lóri diz:
sim, mas é verdade, eu concordo
Lóri diz:
mas acho (e espero) que as pessoas passem a falar (e ouvir e entender) isso desse jeito
Lóri diz:
que teoricamente é um modo 'melhor' de encarar as coisas
.Elva. alem-do-que-se-le.blogspot.com "i cant remind u all the time" diz:
eh..
.Elva. alem-do-que-se-le.blogspot.com "i cant remind u all the time" diz:
entao.. a partir de agora..
.Elva. alem-do-que-se-le.blogspot.com "i cant remind u all the time" diz:
vou imaginar q eh isso q me desejaram
.Elva. alem-do-que-se-le.blogspot.com "i cant remind u all the time" diz:
:)
]

segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

[introdução]


O que uma futura psicóloga e uma futura publicitária têm a dizer??
(eu particulamente não faço idéia..)

Uma gosta de series como Joan of Arcadia, a outra fã de series como Arquivo X...

Joan of Arcadia x Arquivo X


Uma fã de Hanson, a outra gosta de Lifehouse.



Uma lê Clarice, a outra lê Shakespeare...



Mas as duas são dramáticas, e levemente um pouco exageradas...



.Bem-vindos ao Além do Que se Lê.

.31 de dezembro.

Não adianta, não consigo gostar do dia 31 de dezembro...
Quando era mais nova, nos últimos 10 minutos do ano, eu ficava em casa assistindo aquela programação da TV Globo, e me questionava sempre "quanto será que ganha um redator da globo?"...

As pessoas fazem aquela festa, bebem, comemoram um "novo" ano... que se repete... porque, uma semana depois elas esquecem das promessas, dos planejamentos, dos planos... Aí o "novo" ano, se torna apenas mais um ano... e vivem suas vidinhas, até que chega novamente o dia 31.

Este ano, preferi ficar sem assistir nada... olhando pra lua e pras estrelas, ouvindo músicas no mp3. Por coincidência, nos últimos 2 minutos, escutei a música Top of the world, do the all american rejects. E isso me fez rir...

de qualquer maneira, isso não serviria para 1º post. Por isso guardei pra depois... :)

"Perdendo meu tempo... eu te vejo.
Quando o topo do mundo cai em você.
Finalmente um dia, nao quero ser você.
Quando o topo do mundo cai em você."
Top of the world